• Tratamento de pacientes com enxaqueca custa 30% a mais, revela pesquisa

    Roberto Rocha, general manager da Teva no Brasil
    Roberto Rocha, general manager da Teva no Brasil
    Future Health | 23 jul 2025

    O tratamento de pacientes com enxaqueca custa 30% a mais para a saúde suplementar do que o de pessoas com o mesmo perfil sociodemográfico e clínico, mas que não apresentam sintomas da doença. 

    O estudo Evidência do Mundo Real sobre Enxaqueca no Brasil – Uma visão geral da jornada do paciente no sistema de saúde suplementar, realizado por profissionais da biofarmacêutica Teva no Brasil e no exterior, comparou dados entre 22.685 indivíduos com migrânea (nome técnico da enxaqueca) e o mesmo número de pacientes sem a doença entre 2019-2024.

    Enquanto o primeiro grupo gerou despesas da ordem de R$ 183,3 milhões para a rede de saúde privada no período, os cuidados com o grupo de controle custou menos: R$ 140,9 milhões.

    Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca acomete mais de 32 milhões de indivíduos no Brasil e é um dos motivos mais frequentes de consultas médicas.

    “O paciente com enxaqueca passa despercebido em sua navegação pela saúde suplementar e, por muitas vezes, o uso de recursos do sistema não é declarado. O estudo sugere que a patologia não reconhecida gera ônus, pois não tem uma linha de cuidado definida ou acesso a tratamentos preventivos”, explica Alexandre Vieira, diretor médico da Prospera, consultoria responsável pela realização do estudo.

    “Os brasileiros com migrânea custam mais para os planos de saúde do que as outras pessoas e este é um dado importante, pois comprova a importância de terapias que controlem a doença, que é a segunda mais incapacitante do mundo segundo a OMS”, completa.

    O objetivo do paper é traçar a jornada e identificar o uso de recursos de saúde ao comparar indivíduos com e sem a doença, fornecendo dados que colaborem para o acesso, o tratamento assertivo e apoio às pessoas. 

    O levantamento avaliou uma base anônima de mais 7 milhões de vidas, que representa 14% da população brasileira com acesso a convênio médico, entre 2019 e 2024, e identificou que cerca de 0,7% da população maior de 18 anos teve um diagnóstico atribuído a enxaqueca.

    O estudo analisou a indicação de CID (Classificação Internacional de Doenças) para enxaqueca e comprovou que mais de 73% dos pacientes são mulheres e 26% são homens. 

    A maioria tem entre 31 e 50 anos. A idade média das pessoas do sexo feminino com a doença é de 47 anos, e de 44 anos para o sexo masculino. Em média, entre 2019 e 2024, cada uma das pessoas com enxaqueca custou R$ 8 mil para os pagadores, enquanto os demais custaram R$ 6,2 mil.

    “Ao entender os caminhos percorridos pelos pacientes e traçar paralelos para identificar os tipos de gastos que geram, damos um passo importante em direção a definição de políticas públicas de saúde para enxaqueca, que garantam apoio aos pacientes, acesso e a inclusão de novas terapias que melhoram a qualidade de vida”, afirma Roberto Rocha, general manager da Teva no Brasil.

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