• De olho no “novo normal”, HDI Seguros estende cobertura para empresas em sistema home office

    Novo produto oferece proteção para qualquer item de propriedade do empregador que o trabalhador tenha levado para casa para poder exercer sua função (Foto: Yanalya/Freepik)
    Jose Renato Junior | 15 out 2020

    A partir de março, quando a crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 se espalhou pelo Brasil, houve um boom do trabalho remoto em casa, com aceitação por quem até então era refratário à ideia.

    Antes prática mais frequente para autônomos, o home office passou a ser incentivado por companhias maiores, que se viram obrigadas a manter os funcionários trabalhando em suas residências – com equipamento de propriedade da empresa.

    O que era tendência se mantém há meses – e isso criou novas necessidades. Uma delas é fazer seguro para esses muitos apêndices fora da sede do estabelecimento. A HDI Seguros enxergou o novo mercado e criou seu plano de cobertura “Escritório em casa de funcionário”, lançado em agosto.

    Entre as várias coberturas que oferece, a HDI já tinha duas com foco em autônomos que desempenham suas atividades em casa – de um tradutor ou um professor até quem prepara marmitas ou manicures que trabalham em apenas um cômodo: “Escritório em residência”, lançado há cerca de cinco anos, e “Microempreendedor em residência”, criado há mais de dois anos.

    O novo coronavírus criou uma nova situação: a empresa mantém o funcionário trabalhando em sua residência com equipamento da própria companhia.

    O vínculo empregatício difere das coberturas já existentes para autônomos. Daí surgiu a nova modalidade “Escritório em casa de funcionário”.

    “Pensamos que agora temos a residência como uma extensão da empresa”, conta Jefferson Silvestrin, superintendente de Produtos Massificados da HDI. “Depois de um, dois, três meses de pandemia, a gente entendeu que não era um modismo. O trabalho remoto veio para ficar. Não necessariamente 100% da semana. Era o momento de lançar a cobertura. Temos a expectativa de que vai ser uma das coberturas mais contratadas dentro dessa linha empresarial.”

    HOME OFFICE VEIO PARA FICAR

    Levantamentos indicam que o home office não só cresceu no Brasil como tem índices estáveis nos últimos meses. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de trabalhadores remotos de maio a agosto se manteve na casa dos 8 milhões – com um pico de 8,9 milhões na semana de transição entre maio e junho.

    Outras pesquisas estimaram que o número de empresas nacionais que adotaram o sistema de home office variava de 46% a 62%, segundo dados divulgados por diferentes entidades.

    Já um estudo feito ainda em abril pela Fundação Instituto de Administração (FIA) apontava que 41% dos funcionários foram trabalhar em home office e 50% das empresas pesquisadas disseram que o rendimento superou as expectativas.

    “As empresas perceberam que há custos menores envolvidos, menos deslocamento e as pessoas começam a entregar muito mais do que entregavam trabalhando no estabelecimento comercial porque têm mais tempo”, diz Jefferson. “Aí amadureceu a ideia de fazer a cobertura para os bens da empresa enquanto estivessem em poder do funcionário na casa dele.”

    COMO O SEGURO FUNCIONA

    Jefferson Silvestrin, superintendente de Produtos Massificados da HDI

    A nova cobertura estende o que se chama no mercado de seguros de “local de risco” do endereço em que a empresa está estabelecida para a casa do funcionário. E prevê proteção para qualquer item que o trabalhador tenha levado para sua casa para poder exercer sua função – laptop, cadeira, escrivaninha, iluminação, impressora, roteador, enfim, todo objeto que seja de propriedade do empregador.

    A apólice do “Escritório na casa de funcionário” prevê também cobertura para incêndio, vendaval, danos elétricos, queda de computador no chão ou mesmo roubo. Para o que pode ser considerado acidente de trabalho, existe outra cobertura da HDI, a de “Responsabilidade civil”, que já existe há mais tempo e é adicional, com a decisão de contratar ou não cabendo ao segurado.

    Quem já tinha contratado uma apólice empresarial da HDI antes do lançamento de “Escritório em casa de funcionário” não precisa fazer outro contrato.

    “Digamos que o contrato foi feito em janeiro. Caso a empresa tenha interesse na nova cobertura, pode pedir para o corretor incluí-la através de um endosso e ela passa a valer a partir do dia em que for solicitada”, afirma Jefferson.

    “Aliás, estamos com uma demanda muito maior de endossos que de seguros novos.”

    A HDI tem cerca de 70 mil clientes de seus planos de seguro empresarial. Mas nem todas têm a necessidade de aderir à cobertura direcionada ao teletrabalho. “Há lojas de roupas, calçados ou farmácias que não têm como trabalhar em home office. Para eles, essa cobertura não é aderente”, diz Jefferson.

    EXPANSÃO DESDE O SUL

    A HDI não atende apenas empresas. Há muitos seguros oferecidos para pessoas físicas, principalmente os de residências (cerca de 750 mil casas seguradas) e automóveis. Recentemente, ingressou na linha de seguros de vida para pequenas e médias empresas em parceria com a Icatu Seguros. O produto é o “Vida PME”, para companhias com até 500 funcionários.

    De acordo com Jefferson, a HDI cresceu 11,5% no seguro residencial nos primeiros sete meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior. No setor empresarial, o número foi ainda maior: 36%.

    A HDI foi fundada em 1903 em Frankfurt, na Alemanha. Chegou ao Brasil através de parcerias internacionais em 1979, concentrando sua atividade no Rio Grande do Sul, muito por causa dos alemães e descendentes que moram no estado.

    Em 1997, a HDI assumiu 100% da operação brasileira e deu início a sua expansão para outras regiões, que se intensificou em 2005 com a aquisição de uma grande operação de seguros que estava com o HSBC. Atualmente, é a quinta maior empresa do setor no país em seguros de automóveis e a sexta em residenciais e empresariais, com 49 filiais pelo Brasil. O total de segurados de todos os planos oferecidos é de 2,5 milhões.

    Se HDI é uma sigla para o nome alemão da empresa (Haftpflichtverband der Deutschen Industrie), praticamente impronunciável para brasileiros, há cerca de dois anos a operação brasileira adotou um novo significado para as três letras: H para humana, D para digital e I para inovadora. Isso se tornou o atual slogan da firma.

    “Passou a ser nosso novo mantra. Porque a gente sempre está pensando em pessoas, porque não há como sobreviver hoje sem tecnologia e porque todo dia a gente tem sempre que acompanhar essas mudanças que acontecem”, diz o superintendente da HDI.

    “A própria cobertura ‘Escritório na casa de funcionário’ é um bom exemplo da inovação. É pensar em contrar uma solução para o empresário que ficou descoberto com o home office. Inovação está nas pequenas coisas, não precisa ser necessariamente num sentido mais amplo.”

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