• Por que é desafiador – mas é preciso – tirar a Gestão da Qualidade do seu “quadrado”, especialmente na saúde

    Wataru Ueda é CEO da Magnamed
    Jose Renato Junior | 4 mar 2022

    Qualidade é tudo o que qualquer produto ou serviço gostaria de ter. Qualidade também é o que todo consumidor busca ao adquirir os produtos e serviços de uma empresa. 

    Além disso, quando falamos em produtos para a saúde, também relacionamos qualidade à segurança e eficácia. Mas por que na prática ainda muitos consumidores reclamam de falta de qualidade?

    Dentro das empresas uma decisão primordial para manter a satisfação do cliente é a de implementar um sistema de gestão da qualidade, pois essa ferramenta permite que a organização estabeleça e padronize processos, procedimentos e instruções sempre em busca da melhoria contínua. 

    Outro fator importante para que o sistema de gestão de qualidade funcione bem está relacionado ao comprometimento da alta direção, uma vez que a qualidade não é um departamento isolado, e sim um objetivo que deve permear o trabalho de todos os departamentos de uma empresa.

    A Qualidade deve estar sempre envolvida em todos os processos do produto – no nosso caso, ventiladores pulmonares. Estamos falando de um equipamento que dá suporte à vida, ou seja, onde isso é extremamente importante. 

    Nosso lema é fazer simples e fazer melhor, para que os ventiladores disponibilizados no mercado sejam seguros e eficazes promovendo então a nossa missão de ajudar a preservar vidas.

    COMO A QUALIDADE PODE SER MANTIDA? 

    Mas como garantir e manter isso? Através do estabelecimento de metas e indicadores. 

    Todos os departamentos, do Marketing ao Administrativo, da Expedição ao Comercial têm seus processos constantemente avaliados. Gestores avaliam seus resultados e verificam se estão dentro da meta estabelecida. 

    Muitas vezes é preciso ajustar o rumo, o que não podemos é voar sem direcionamento. O Sistema de Gestão da Qualidade é uma espécie de óleo que permeia todas as engrenagens. 

    Em jargão futebolístico, é preciso “entregar a bola redonda” para o próximo processo – caso contrário, o resultado da organização pode ser comprometido como um todo.   

    Como não atendemos só o Brasil, precisamos obedecer a todas as legislações de países para onde exportamos, o que demanda mudanças de regras, que são relativamente frequentes. 

    Com um sistema de gestão da qualidade robusto torna-se mais fácil fazer a gestão de mudanças, uma vez que é possível fazer adequações dos processos aos requisitos de maneira eficaz, impedindo que a cadeia produtiva trave.

    Desde o “Day One” é preciso estabelecer a qualidade como uma espinha dorsal da companhia, pois isso será seu diferencial e dará o suporte para todas as operações e garantir um crescimento sustentável da empresa. 

    Por vezes não gostamos de falar em “Área da Qualidade”, mas sim em “Cultura da Qualidade”. Gosto quando pergunto para qualquer funcionário da empresa “Quem aqui é da Qualidade?” e vejo as mãos se levantando aos poucos, tímidas, e por fim todos com a mão erguida. 

    É a constatação de que o processo é perene e permeia todos os setores da nossa companhia e de que estamos fazendo corretamente.

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    Wataru Ueda é CEO da Magnamed.

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