• Precisão nos diagnósticos remotos e ótima user experience: tudo o que o paciente precisa em casa

    Ricardo Salem é diretor médico na Care Plus
    Jose Renato Junior | 1 abr 2022

    Na cadeia da saúde, todas as pautas levam à jornada do paciente. Com a transformação digital avassaladora do setor, uma das preocupações é a adesão, ou engajamento do paciente na sua trilha de cuidados.

    Aí entra a experiência do usuário, ou ux. Além da imprescindível exatidão nos diagnósticos, as novas tecnologias precisam promover facilidade de uso, conforto e segurança. 

    Como, por exemplo, aparelhos com sensores de alta precisão que transmitem diversos dados em tempo real ao médico – e que podem ser usados pelos pacientes em casa.

    Um dos melhores que existem é fabricado pela startup israelense Tyto. O gadget permite ausculta cardíaca e do pulmão, aferimento de temperatura, análise de inflamações e da saúde da garganta e do ouvido, entre outros – como se fossem presencialmente. 

    O acessório possui também depressor de língua, câmera dermatológica e outras funções que agregam à análise do paciente.   

    A plataforma do TytoCare é capaz de armazenar todos os dados dos exames realizados com o dispositivo portátil.

    Esse gadget é oferecido pela Care Plus, que saiu na frente entre as operadoras de saúde no Brasil para oferecê-lo aos clientes – a Care Plus atende 195.500 beneficiários e mais de mil empresas no Brasil.

    Médico orienta uso, mas nem precisava

    Para que o paciente não encontre dificuldade ao manusear o equipamento, o próprio médico vai orientando o processo durante a teleconsulta.

    Sim, isso também contribui para estreitar o contato com o profissional de saúde, e ambos adquirirem mais confiança com os procedimentos a distância. 

    Tudo funciona como o primeiro iPhone que pegamos em mãos: o design é intuitivo e, quando menos percebemos, estamos explorando suas funcionalidades. 

    Tecnologia não desumaniza processo algum

    A percepção de alguns de que a incorporação da tecnologia na saúde pode trazer prejuízos à “humanização do atendimento” encontra cada vez menos respaldo. 

    Afinal, a conexão por meio de devices pode ser vista sob o aspecto de ser um prático e assertivo canal de diálogo e diagnóstico.

    Atualmente, também se fala muito em medicina preventiva e empoderamento do paciente, certo? Devices como o TytoCare vão nesse sentido: o paciente é ativo no monitoramento de suas condições e no autocuidado.

    Tudo isso é uma pequena parte do universo da telemedicina que nos foi apresentado, em grande parte, pela pandemia. 

    Digital first – e home first também

    A crise da saúde popularizou os conceitos de digital first e home first. Os pacientes descobriram os benefícios de serem atendidos celeremente e em casa com o apoio da tecnologia – porém, para essa relação ser bem-sucedida, não podem se sentir desamparados ou inseguros. 

    Um estudo da Juniper Research, consultoria inglesa de pesquisa de mercado e business intelligence, apontou que o número de teleconsultas realizadas globalmente chegará a 765 milhões em 2025 – representaria um crescimento de 80% em relação a 2021. 

    Estamos nos preparando para atender mais e melhor esse consumidor digital. Nosso business se transforma, investimos em novos sistemas e tecnologias, como inteligência artificial e IoT, com foco em qualidade de vida e experiência do paciente.

    A utilização de dados para coordenar e personalizar os cuidados vai impactar positivamente todos os atores da cadeia de saúde, com resultados clínicos e econômicos relevantes. Vem muita novidade por aí!

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    Ricardo Salem é diretor médico na operadora de saúde Care Plus, que há três décadas fornece soluções por meio de uma ampla gama de produtos (medicina, odontologia, saúde ocupacional e medicina preventiva) e faz parte do grupo de origem inglesa Bupa, presente em mais de 190 países.

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