Hoje, dia 4 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Combate ao Câncer. A data é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ela tem como objetivo aumentar a conscientização e a mobilização de governos e indivíduos sobre a doença, que resulta em milhares de mortes por ano no Brasil.
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2020 foram registrados 625 mil novos casos de neoplasias no país. No ano anterior, 132 mil pessoas perderam a vida por causa de algum tipo de câncer.
Há uma boa notícia: a tecnologia tem trazido soluções que podem auxiliar no combate à enfermidade.
Com o auxílio da Inteligência Artificial, os exames de imagem costumam ser os mais usados para identificar possíveis irregularidades no organismo.
Segundo a mastologista Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), existe 95% de chance de cura em casos onde o câncer de mama é diagnosticado em estágio inicial.
Doenças detectadas de forma incipiente também proporcionam uma intervenção menos invasiva e uma redução nos custos para o tratamento.
Para se ter uma ideia, o gasto médio no país em estágio inicial do câncer é de R$ 11.373 por paciente, enquanto em período avançado chega a R$ 93.241, segundo informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DataSUS).
Infelizmente, as inovações na área da saúde ainda não estão disponíveis em todos os hospitais, nem para a maior parte dos públicos no país.
Implementar qualquer solução tecnológica inovadora exige um envolvimento de diferentes setores das clínicas e hospitais.
Questões jurídicas, médicas, de segurança de dados e operacionais precisam ser esclarecidas. Seria impossível que tudo isso partisse do próprio hospital e de uma forma tão rápida.
No entanto, acredito que em poucos anos haverá uma enorme mudança sobre como utilizaremos os serviços das chamadas healthtechs.
Essas startups de saúde, como a Viziomed, são especialistas em suas atividades, e quando oferecem o serviço para as clínicas e hospitais todas essas questões já foram avaliadas e tratadas.
Quanto mais a healthtech ganhar espaço no mercado e credibilidade no setor, mais acelerada será a adoção destas novas tecnologias.
A meu ver, as empresas têm um papel importante em transformar esse cenário: muitas já estão apostando em benefícios corporativos que fomentem a medicina preventiva e preditiva para os colaboradores, movimento que gera uma democratização da saúde.
Na Viziomed, permitimos uma conexão entre as clínicas de imagem, os pacientes e os médicos das empresas.
Esse monitoramento e o rastreamento com Inteligência Artificial permitem que os colaboradores sejam acompanhados de perto e, ao identificar algum achado importante, o seu tratamento seja iniciado imediatamente.
Esse tipo de solução minimiza os custos e melhora o prognóstico. Vamos aguardar um futuro com mais tecnologia a serviço da saúde dos brasileiros!
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Mávio Bispo é CEO da Viziomed, healthtech que usa Inteligência Artificial para descoberta precoce de câncer e doenças graves.