Mais de 15,7 milhões de brasileiros são portadores de diabetes tipo 21 – e a previsão é a de que esse número cresça 38% até 2045.2 O sedentarismo e o consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras contribuem para tal cenário.3
Portadores de diabetes tipo 2 apresentam mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares: estudos demonstram que até 46% dos pacientes terão alguma complicação cardiovascular durante a vida, principalmente a insuficiência cardíaca (IC).4,5
Uma ferramenta capaz de antever o risco de desenvolvimento de IC em pacientes com diabetes tipo 2 é o NT-proBNP, biomarcador produzido pelo coração em situações de estresse,6 que indica a gravidade do comprometimento cardíaco.
Por causa desse potencial de diagnóstico preventivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em novembro de 2021, uma nova indicação do exame ElecsysⓇ NT-proBNP, desenvolvido pela Roche.
De acordo com um dos estudos que embasaram a aprovação pelo órgão regulador, um aumento acentuado nos níveis de NT-proBNP pode ser detectado em pacientes com diabetes tipo 2 já seis meses antes da hospitalização por IC7 – um resultado de NT-proBNP > 125 pg/mL indica risco de doenças cardiovasculares.
Humberto Villacorta Júnior, professor associado de cardiologia na Universidade Federal Fluminense (UFF), comenta:
“É um grande avanço podermos contar, agora, com esse novo teste para avaliar os riscos de forma precisa e antecipar a conduta mais adequada para aqueles pacientes cujo acompanhamento intenso pode prevenir complicações e, mesmo, o óbito.”
O exame ElecsysⓇ NT-proBNP é considerado padrão ouro para diagnósticos de insuficiência cardíaca e é feito a partir de coleta de sangue. O teste já é realizado por laboratórios no Brasil para outras indicações há 15 anos, já que os sintomas da insuficiência cardíaca – falta de ar, inchaço nas pernas e cansaço – são comuns a outras doenças.
A novidade é a possibilidade de identificar pacientes com alto risco para IC sem histórico prévio da doença. Com essa vantagem, endocrinologistas, cardiologistas e geriatras podem apoiar suas decisões clínicas a partir da avaliação de risco personalizada da população diabética.
Um conduta clínica mais assertiva, baseada em dados precisos, permite a otimização de tratamentos cardioprotetores, preservação da saúde cardiovascular do paciente e de sua qualidade de vida, evitando hospitalizações e, especialmente, mortes.9
No caso de pacientes diabéticos classificados como de alto risco para desenvolver IC, foi comprovado que, ao longo de dois anos de acompanhamento intensificado, a taxa de hospitalização ou morte devido a doença cardíaca pode ser reduzida em 65% em comparação com os pacientes que não receberam a mesma atenção médica.10
Eficiência
Melhor diagnóstico de IC, diminuição do número de ecocardiogramas (custos) e do tempo gasto no pronto-atendimento;
Planejamento
Melhora a qualidade da alta hospitalar, evitando readmissões precoces;
Monitoramento
Instrumento objetivo e simples para acompanhar a condição do paciente e melhorar os desfechos.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Entre elas, a insuficiência cardíaca é motivo prevalente de internações no Brasil. A IC acontece quando o coração tem dificuldade para bombear o sangue para o organismo. Hipertensão, diabetes, sedentarismo e má alimentação maltratam o coração, que, aos poucos, perde a capacidade de funcionar corretamente e aumenta de tamanho para compensar a necessidade de maior esforço.
O problema não se resume ao crescimento do tamanho do coração ou à falta de fôlego para subir escadas: está relacionado a um alto volume de mortes e debilitações.
De acordo com Villacorta:
“A IC é tão grave que um em cada quatro pacientes acaba retornando ao hospital em até um mês depois da alta e mais da metade dos pacientes morrem dentro de cinco anos. A taxa de mortalidade supera a de cânceres como de intestino, de mama e de próstata.”
O endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, complementa, afirmando que a IC é a primeira complicação mais importante dos pacientes com diabetes:
“Estudos mostram que o risco de insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes tipo 2 é extremamente elevado: 95% para as mulheres e 74% para homens.”11
Salles ressalta que a identificação precoce é fundamental para mudar o curso da doença. “Entre os pacientes com diabetes tipo 2 sem histórico de problemas cardiovasculares, o atraso de um ano no tratamento preventivo aumenta em 64% o risco de IC”, completa.
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Este é o terceiro de uma série de 3 mini e-books que a Roche preparou sobre o tema.
Referências:
[1] International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 10th ed. Brussels, Belgium: 2021. https://www.diabetesatlas.org;
[2] World Health Organization. Classification of diabetes mellitus 2021. Available from https://www.who.int/publications-detail/classification-of-diabetes-mellitus;
[3] IDF Diabetes Atlas. Ninth Edition 2019. Available from https://idf.org;
[4] Einarson, Thomas R., et al. “Prevalence of cardiovascular disease in type 2 diabetes: a systematic literature review of scientific evidence from across the world in 2007–2017.” Cardiovascular diabetology 17.1 (2018): 1-19;
[5] Cho, NH1, et al. “IDF Diabetes Atlas: Global estimates of diabetes prevalence for 2017 and projections for 2045.” Diabetes research and clinical practice 138 (2018): 271-281;
[6] Weber M, et al. Heart 2006;92:843-9. 2. Al-Hayali. “Clinical value of circulating microribonucleic acids miR-1 and miR-21 in evaluating the diagnosis of acute heart failure in asymptomatic type 2 diabetic patients.” Biomolecules 9.5 (2019): 193;
[7] Wolsk, E., Claggett, B., Diaz, R., Dickstein, K., Gerstein, H. C., Køber, L., … & Pfeffer, M. A. (2017). Increases in natriuretic peptides precede heart failure hospitalization in patients with a recent coronary event and type 2 diabetes mellitus. Circulation, 136(16), 1560-1562;
[8] Paul, S.K., Klein, K., Thorsted, B.L. et al. Delay in treatment intensification increases the risks of cardiovascular events in patients with type 2 diabetes. Cardiovasc Diabetol 14, 100 (2015);
[9] Huelsmann M, Neuhold S, Resl M; PONTIAC (NT-proBNP selected prevention of cardiac events in a population of diabetic patients without a history of cardiac disease): a prospective randomized controlled trial. J Am Coll Cardiol. 2013 Oct 8;62(15):1365-72;
[10] Ohkuma, Toshiaki et.al. Diabetes as a risk factor for heart failure in women and men: a systematic review and meta-analysis of 47 cohorts including 12 million individuals. Diabetologia 62(9): 1550–1560 (2019).
[11] National Center for Biotechnology Information (NCBI)[Internet]. Bethesda (MD): National Library of Medicine (US), National Center for Biotechnology Information; [1988] – [cited 2022 Feb 08]. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
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