Sanguessugas, à venda ou disponíveis para aluguel para sangrias, eram alguns dos produtos que, ao lado de remédios caseiros e outras receitas manipuladas, faziam sucesso nas “farmácias” disponíveis no começo do Brasil imperial.
Eram os comércios dos cirurgiões-barbeiros, responsáveis pelas intervenções médicas durante séculos no mundo todo. Por aqui, eles chegaram junto com os primeiros colonizadores, ao lado de aprendizes de boticário, que carregavam arcas de madeira com seus medicamentos dentro – as boticas.
Essas boticas evoluíram, mais tarde, para lojas, que concorriam com os barbeiros até o começo do Brasil Império.
No fim do século 17, já consolidadas, elas estavam nas principais ruas das cidades e expunham, sobre as prateleiras, louças finas decoradas com pomadas e unguentos, além de frascos e garrafas de vidro com xaropes e soluções.
Hoje, bem diferente das primeiras boticas, o varejo farmacêutico é um mercado bilionário. Mais precisamente, um mercado que, em 2020, faturou quase R$ 140 bilhões, segundo a consultoria especializada no setor IQVIA.
E que tem as prateleiras e gôndolas disputadas por milhares de produtos – que, por sua vez, competem pela atenção do consumidor.
Como tornar a experiência no varejo melhor para todos – para a indústria, para o distribuidor, para o consumidor e para o próprio varejo?
“A InterPlayers, como um grande hub que é, interliga todos os atores desse sistema com esse objetivo”, afirma Oscar Teixeira Basto Júnior, o novo CRO (Chief Retail Officer) da empresa.
“Nossos produtos e serviços voltados ao varejo promovem a integração dos programas da indústria com farmácias do país todo, desde as grandes redes até as pequenas lojas independentes”, diz.
NADA DE PRODUTOS DE PRATELEIRA
Há, no país, cerca de 83 mil farmácias e drogarias, de acordo com a IQVIA. “O varejo farmacêutico é muito pulverizado, é um mercado que tem de tudo um pouco, sem um modelo único”, explica Oscar.
Para exemplificar, ele conta que recentemente visitou uma farmácia independente de 25 anos de existência, um negócio “familiar”, em que o dono trabalhava ao lado de seu filho e de sua esposa.
“No mesmo dia, visitamos uma rede de oito farmácias de médio porte e uma grande rede, entre as maiores do país, com mais de mil lojas.”
O varejo farmacêutico tem outras particularidades. Lojas de alguns estados do país podem vender, por exemplo, ração para animais de estimação. Outras têm autorização para a comercialização de refrigerantes.
“Não se pode dizer que o varejo tem um perfil específico. Não há modelo único”, afirma. “Mas a InterPlayers tem soluções para todos.”
O papel do hub é, segundo o CRO, trazer serviços de alto valor agregado para todos os seus participantes, independentemente do seu porte, localização ou estrutura organizacional.
As soluções oferecidas pela InterPlayers ajudam a melhorar a performance, a rentabilidade e a operação, proporcionam condições mais vantajosas de abastecimento de produtos e promovem programas de fidelização e capacitação de equipes.
Oscar afirma que, para as pequenas farmácias, que buscam um custo mais baixo, o Portal da Drogaria oferece não apenas os descontos em mais de 1,5 mil produtos de diferentes marcas, mas também agilidade no atendimento.
Porta de entrada da farmácia para a maior concentração de programas de fidelização do país, a solução conta com informações sobre novos programas e novos produtos que participam deles, assim como treinamentos e mensagens importantes para o atendimento do cliente.
Outro programa oferecido pelo hub, o Mais Clientes ajuda as drogarias a reter e fidelizar seus clientes, aumentando assim o ticket médio do estabelecimento, ao oferecer informações e capacitação para um melhor atendimento.
Por meio dele, a farmácia faz parte de um clube de vantagens e benefícios, recebe relatórios gerenciais e tem consultoria que ajuda a diagnosticar aquele varejo em sua região e porte e, assim, construir um plano de ação para resultados mais satisfatórios.
“Ele tem também acesso a uma plataforma de ensino a distância, com treinamentos e conteúdos importantes para deixar a equipe, principalmente das independentes e pequenas redes, sempre atualizada”, afirma Oscar.
VAREJO 4.0: UM PRODUTO PARA O VAREJO 4.0
O perfil do consumidor das farmácias mudou com a pandemia. As saídas para as compras se tornaram menos frequentes e, assim, ele passou a levar consigo, cada vez que vai a uma drogaria, um volume maior de produtos.
Além disso, para assegurar-se de ficar menos tempo em exposição a qualquer risco, suas compras passaram a ser mais rápidas e assertivas: ele está em busca do melhor custo-benefício.
Portanto, uma loja que oferece economia, agilidade, qualidade de atendimento e segurança ao cliente já sai na frente.
“Nas médias e grandes redes, a experiência de compra é algo que tem um grau de relevância maior, porque o consumidor espera uma padronização de atendimento”, afirma Oscar. “E nosso produto Varejo 4.0 vem para facilitar isso.”
A solução permite que o tempo de atendimento seja menor e as operações de pagamento, otimizadas. “O balconista faz seu trabalho muito mais rapidamente e o checkout é feito em uma operação única, mesmo se o consumidor pegar outros produtos de programas de fidelização diferentes ou de perfumaria, por exemplo.”
Um programa criado pela InterPlayers para uma grande rede reduziu o tempo médio para um cliente fechar um pedido no balcão de 6 a 8 minutos para apenas 2 ou 3 minutos.
Com o Varejo 4.0, o consumidor tem acesso aos melhores descontos tanto na loja física quanto no e-commerce, aplicativos ou televendas. Outra funcionalidade é a facilidade e agilidade na adesão do consumidor no programa, sempre respeitando as regras de LGPD definidas pelas indústrias.
Com uma experiência diversificada em varejo de saúde, Oscar chegou há pouco mais de um mês na InterPlayers trazendo na bagagem 10 anos como diretor de operações da farmacêutica Cimed e a implementação das BUs Farma em redes como WalMart e Carrefour.
O novo CRO – o primeiro a ocupar o cargo – conta, divertido, que foi ele quem “cavou” sua posição na InterPlayers. “Conheço a empresa há muitos anos, venho acompanhando essa consolidação do hub ao longo da minha carreira, que já passou por vários segmentos do setor”, diz.
Oscar conta que começou no setor do varejo de saúde trabalhando em uma pequena farmácia. Depois, foi propagandista médico, de onde foi para uma rede de supermercados que queria montar um varejo farmacêutico.
A rede foi comprada pelo WalMart – e ele foi junto. Mais tarde, ajudou a implementar as farmácias dentro do concorrente Carrefour, até que foi para a Cimed, trabalhar com distribuição.
Agora, quer, com sua expertise, contribuir para ajudar as soluções da InterPlayers a levar valor para todos os tipos e tamanhos de estabelecimento.
“Este é um Brasil de 10 Brasis. Tem farmácia no Amazonas que recebe medicamento de barco – e que demora 20 dias para chegar lá. Como um hub que somos, nossa missão é trazer soluções e diminuir a distância entre todos os atores dessa grande cadeia.”
Como a empresa, que é parte do HUB de Negócios de saúde e bem-estar InterPlayers, usa a telemedicina e as possibilidades do universo da “saúde híbrida” para democratizar consultas com médicos especialistas.